domingo, 18 de novembro de 2012

Você conhece o Papiro de Rhind?

 
 
No Inverno de 1858, um jovem antiquário escocês chamado A. Henry Rhind, de visita ao Egito por motivos de saúde, comprou em Luxor um grande papiro que teria sido descoberto nas ruínas de um antigo edifício de Tebas. Rhind morreu de tuberculose cinco anos mais tarde e o seu papiro foi adquirido pelo British Museum em Londres, onde se conserva até os dias atuais.

 
O documento original era um rolo de uns 5,5 metros de comprimento por 33 cm de largura, mas estava desfeito aos pedaços e faltavam alguns fragmentos, quando chegou às mãos do antiquário. Meio século mais tarde muitos desses fragmentos foram encontrados no depósitos da Sociedade de História de New York (Museu de Brooklyn). Eles tinham sido obtidos, juntamente com papiros sobre medicina, pelo colecionador Edwin Smith.

 
Os fragmentos esclareceram alguns pontos essenciais para a compreensão do todo. O rolo consiste num manual prático de matemática egípcia, escrito por volta dos anos 1700 a.C. e é a principal fonte de conhecimentos acerca de como contavam, calculavam e mediam os egípcios.

 
O papiro de Rhind é também conhecido por papiro de Ahmes em homenagem ao escriba que o copiou no 33º ano do reinado de Apepa II (rei Hyksos da 15ª Dinastia) entre 1788 e 1580 a.C. É possível que algum do conhecimento tenha vindo do famoso arquiteto e físico Imhotepy que supervisionou a construção da pirâmide do Faraó Zozer há cerca de 5000 anos.


Escrito em hierático, o papiro consta de 87 problemas e sua resolução. Muitos dos problemas têm por base problemas do quotidiano. Basicamente o papiro dá-nos informações sobre aritmética, frações, cálculo de áreas, volumes, progressões, repartições proporcionais, regra de três simples, equações lineares e trigonometria básica.


Das indicações dadas pelo papiro de Rhind, inferimos que os geômetras egípcios atribuíam ao número pi um valor equivalente ao quadrado da fração 16/9 que daria, em número decimal, 3,1605, valor no qual o pi apresenta um erro que não chega a dois centésimos da unidade!!


Conhece-se muito pouco sobre a intenção do papiro. Se há indicações de que poderia ser um documento com intenções pedagógicas ou mesmo um simples caderno de notas de um aluno, para outros historiadores representa um guia das matemáticas do antigo Egito, pois é o melhor texto de matemática.


Referência:

Site: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.


MULHER MATEMÁTICA

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“A Escola precisa avaliar seus métodos”


schiefelbein
O doutor em Educação Ernesto Schiefelbein, ex-ministro da Educação do Chile, participou no ano passado do 3.º Simpósio Internacional de Linguagens Educativas,  na Universidade do Sagrado Coração (USC), em Bauru (SP).
Há muitos anos se dedica ao estudo dos efeitos da medidas educacionais que ocorrem nas escolas da América Latina. Segundo a avaliação de Ernesto, um dos grandes problemas da educação nos países latino-americanos é a ausência de avaliação dos métodos utiliados nas escolas. Salienta ainda, que as decisões são tomadas sem respaldo científico por parte de políticos e educadores, o que conseidera como um fator cultural.
E, de acordo com Schiefelbein, o professor não está habituado a avaliar a sua prática. Afirma ainda, que os livros utilizados nas escolas não passam por um processo de investigação, pois sai da mente de uma pessoa, é impresso e chega ao aluno para que este o utilize, sem saber se é bom ou ruim.
Segundo Schiefelbein, há a necessidade de haver uma troca entre professor e aluno, e este, deve ser estimulado a perguntar, pelo professor. E não continuar com a prática de ensino de “mão única”, pois o professor não pode somente dar as respostas.
O ideal é que o aluno chegue à escola preparado, para assim poder ser mais participativo, tornando-se mais crítico. Isto exige um compromentimento do próprio aluno e, segundo Schiefelbein, é algo que pode ser construído.
Ernesto Scheifelben também aponta outro fator muito importante a ser mudado na sala de aula: o aluno precisa aprender a tomar decisões, avançar passo-a-passo, o que deve ser trabalhado desde as primeiras séries.

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Para Pesquisa:
Jornal da Cidade de Bauru:(http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2010.php?codigo=178533)

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA



            O Papiro de Rhind

Olá,
Nesta aula vamos ver um pouco da história e do desenvolvimento de alguns conceitos importantes da matemática: numeração, processo de contagem e um dos mais antigos sistemas de numeração, o Egípcio.

História da numeração

 
As nossas primeiras concepções de número e forma datam de tempos tão remotos como a inicial da idade da pedra, a era paleolítica. Durante as centenas de milhares de anos (ou mais) deste período, os homens viviam em cavernas, em condições pouco diferentes das dos animais e as suas principais energias eram orientadas para o processo elementar de recolher alimentos onde fosse possível encontrá-los. Eles faziam instrumentos para caçar e pescar e desenvolveram linguagem para comunicação uns com os outros e enfeitavam suas habitações com certas formas de arte criativa.
Pouco progresso se fez no conhecimento de valores numéricos e de relações entre grandezas até que acontecesse a transição da mera coleta de alimentos para a sua produção; da caça e da pesca para a agricultura.

História da Numeração


Com esta transformação fundamental — uma revolução na qual a atitude do homem perante a natureza deixou de ser passiva para se tornar ativa — inicia-se um novo período da idade da pedra: o neolítico. Durante o neolítico existia uma atividade comercial considerável entre as diversas povoações promovendo a formação de linguagens. As palavras dessas linguagens exprimiam coisas muito concretas e pouquíssimas abstrações.
Não temos dados suficientes para fixar o período da história primitiva em que foram descobertos os números cardinais. Os mais antigos documentos escritos de que dispomos mostram a presença do conceito igualmente na China, Índia, Mesopotâmia e Egito. Todos esses documentos contêm a questão “Quantos...?”. Esta questão pode ser respondida de forma mais adequada em termos de números cardinais. Portanto, quando esses documentos foram escritos, e provavelmente muito antes dessa época, o conceito de número cardinal já se tinha formado.
 
O processo de contagem

Em todas as formas de cultura e sociedade, mesmo as mais rudimentares, encontramos algum conceito de número e, a ele associado, algum processo de contagem. Pode-se dizer que o processo de contagem consistia, a princípio, em fazer corresponder os objetos a serem contados com os objetos de algum conjunto familiar (chamado conjunto de contagem): os dedos da mão, do pé, pedras, etc.
Com a necessidade de contagem de uma quantidade maior de objetos (como, por exemplo, o número de cabeças de gado, árvores ou de dias), o homem sentiu que era necessário sistematizar o processo de contagem, e os povos de diversas partes do mundo desenvolveram vários tipos de sistemas de contagem. Estabelecia-se, então, um conjunto de símbolos, juntamente com algumas regras que permitiam contar, representar e enunciar os números. Alguns desses conjuntos continham cinco, outros dez, doze, vinte ou até sessenta símbolos, chamados “símbolos básicos”.

O processo de contagem

Hoje, o processo de contagem consiste em fazer corresponder os objetos a serem contados com o conjunto {1,2,3,...}. Para se chegar à forma atual, aparentemente tão semelhante à anterior, foram necessárias duas grandes conquistas que estão intimamente relacionadas: o conceito abstrato de número e uma representação adequada para esses.
 
Para dar uma idéia da dificuldade da questão relativa à representação dos números, lembramos que, a princípio, nossos mais antigos antepassados contavam somente até dois, e a partir daí diziam “muitos” ou “incontáveis” (É fato que, ainda hoje, existem povos primitivos que contam objetos dispondo-os em grupos de dois). Os gregos, por exemplo, ainda conservam em sua gramática uma distinção entre um, dois e mais de dois, ao passo que a maior parte das línguas atuais só faz a distinção entre um e mais de um, isto é, entre singular e plural.

Sistemas antigos de numeração

As linguagens também desempenharam um papel primordial nas mudanças da ênfase matemática da numeração para o número. Do ponto de vista moderno, tende-se a considerar a numeração como ligada a meios de expressar números — isto é, à criação de símbolos para certas idéias. Na abordagem moderna do ensino da matemática elementar, distinguimos desde o início, numeral de número.
A numeração não posicional precedeu em muito a numeração posicional na maioria das regiões civilizadas do mundo antigo. Uma vez escolhido um conjunto de símbolos básicos, os primeiros sistemas de numeração, em sua maioria, tinham por regra formar os numerais pela repetição de símbolos básicos e pela soma de seus valores. Assim eram, por exemplo, os sistemas egípcio, grego e romano.

Numeração egípcia

 
Durante muito tempo, o nosso campo da história da matemática mais rico repousava no Egito, devido a descoberta, em 1858, do chamado Papiro de Rhind, escrito por volta de 1650 a.C., mas que continha material ainda mais antigo. Os Egípcios usaram o papiro em uma grande parte dos seus escritos que se conservaram devido ao clima seco. A maior parte dos nossos conhecimentos sobre a matemática egípcia deriva, então, de dois papiros: O Papiro de Rhind, que contém 85 problemas, e o chamado Papiro de Moscou, talvez dois séculos mais antigo, que contém 25 problemas.

 
Numeração Hieroglífica - Egito

Os Egípcios da Antiguidade criaram um sistema muito interessante para escrever números, baseado em agrupamentos, que consistia em separar os objetos a serem contados em grupos de dez, mas não tinham símbolo para o zero. Portanto, para representar cada múltiplo de dez, eles utilizavam um símbolo diferente dos básicos. Um número era formado, então, pela justaposição desses símbolos, os quais podiam estar escritos em qualquer ordem, já que a posição do símbolo não alterava o seu valor.
 

Referência Bibliográfica

 
Ifrah, G. Os números – a história de uma grande invenção. Globo, 2ª. ed, 1989.
Gundlach, B. H. Tópicos de história da matemática – para uso em sala de aula – Números e numerais e Computação. Atual editora, 1998.
Fernandes, A. M. V. [et al.]. Fundamentos de Ágebra. Editora UFMG, 2005.
Eves, H. Introdução à história da matemática, 3ª. Edição. Unicamp, 2002.
Boyer, C. B. História da matemática, 2ª. Edição. Edgard Blücher, 1998.
Miguel, A. & Miorim, M. A História na Educação matemática – Propostas e desafios. Editora Autêntica, 2005.
Devlin, K. O gene da matemática. Record, 2004.
Davis, P. J. & Hersh, R. A experiência matemática – Ciência Aberta-Gradiva, 1ª edição, 1995.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm36/
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=20486&chapterid=12629



HISTÓRIA DA MATEMÁTICA



            O Papiro de Rhind

Olá,
Nesta aula vamos ver um pouco da história e do desenvolvimento de alguns conceitos importantes da matemática: numeração, processo de contagem e um dos mais antigos sistemas de numeração, o Egípcio.

História da numeração

 
As nossas primeiras concepções de número e forma datam de tempos tão remotos como a inicial da idade da pedra, a era paleolítica. Durante as centenas de milhares de anos (ou mais) deste período, os homens viviam em cavernas, em condições pouco diferentes das dos animais e as suas principais energias eram orientadas para o processo elementar de recolher alimentos onde fosse possível encontrá-los. Eles faziam instrumentos para caçar e pescar e desenvolveram linguagem para comunicação uns com os outros e enfeitavam suas habitações com certas formas de arte criativa.
Pouco progresso se fez no conhecimento de valores numéricos e de relações entre grandezas até que acontecesse a transição da mera coleta de alimentos para a sua produção; da caça e da pesca para a agricultura.

História da Numeração


Com esta transformação fundamental — uma revolução na qual a atitude do homem perante a natureza deixou de ser passiva para se tornar ativa — inicia-se um novo período da idade da pedra: o neolítico. Durante o neolítico existia uma atividade comercial considerável entre as diversas povoações promovendo a formação de linguagens. As palavras dessas linguagens exprimiam coisas muito concretas e pouquíssimas abstrações.
Não temos dados suficientes para fixar o período da história primitiva em que foram descobertos os números cardinais. Os mais antigos documentos escritos de que dispomos mostram a presença do conceito igualmente na China, Índia, Mesopotâmia e Egito. Todos esses documentos contêm a questão “Quantos...?”. Esta questão pode ser respondida de forma mais adequada em termos de números cardinais. Portanto, quando esses documentos foram escritos, e provavelmente muito antes dessa época, o conceito de número cardinal já se tinha formado.
 
O processo de contagem

Em todas as formas de cultura e sociedade, mesmo as mais rudimentares, encontramos algum conceito de número e, a ele associado, algum processo de contagem. Pode-se dizer que o processo de contagem consistia, a princípio, em fazer corresponder os objetos a serem contados com os objetos de algum conjunto familiar (chamado conjunto de contagem): os dedos da mão, do pé, pedras, etc.
Com a necessidade de contagem de uma quantidade maior de objetos (como, por exemplo, o número de cabeças de gado, árvores ou de dias), o homem sentiu que era necessário sistematizar o processo de contagem, e os povos de diversas partes do mundo desenvolveram vários tipos de sistemas de contagem. Estabelecia-se, então, um conjunto de símbolos, juntamente com algumas regras que permitiam contar, representar e enunciar os números. Alguns desses conjuntos continham cinco, outros dez, doze, vinte ou até sessenta símbolos, chamados “símbolos básicos”.

O processo de contagem

Hoje, o processo de contagem consiste em fazer corresponder os objetos a serem contados com o conjunto {1,2,3,...}. Para se chegar à forma atual, aparentemente tão semelhante à anterior, foram necessárias duas grandes conquistas que estão intimamente relacionadas: o conceito abstrato de número e uma representação adequada para esses.
 
Para dar uma idéia da dificuldade da questão relativa à representação dos números, lembramos que, a princípio, nossos mais antigos antepassados contavam somente até dois, e a partir daí diziam “muitos” ou “incontáveis” (É fato que, ainda hoje, existem povos primitivos que contam objetos dispondo-os em grupos de dois). Os gregos, por exemplo, ainda conservam em sua gramática uma distinção entre um, dois e mais de dois, ao passo que a maior parte das línguas atuais só faz a distinção entre um e mais de um, isto é, entre singular e plural.

Sistemas antigos de numeração

As linguagens também desempenharam um papel primordial nas mudanças da ênfase matemática da numeração para o número. Do ponto de vista moderno, tende-se a considerar a numeração como ligada a meios de expressar números — isto é, à criação de símbolos para certas idéias. Na abordagem moderna do ensino da matemática elementar, distinguimos desde o início, numeral de número.
A numeração não posicional precedeu em muito a numeração posicional na maioria das regiões civilizadas do mundo antigo. Uma vez escolhido um conjunto de símbolos básicos, os primeiros sistemas de numeração, em sua maioria, tinham por regra formar os numerais pela repetição de símbolos básicos e pela soma de seus valores. Assim eram, por exemplo, os sistemas egípcio, grego e romano.

Numeração egípcia

 
Durante muito tempo, o nosso campo da história da matemática mais rico repousava no Egito, devido a descoberta, em 1858, do chamado Papiro de Rhind, escrito por volta de 1650 a.C., mas que continha material ainda mais antigo. Os Egípcios usaram o papiro em uma grande parte dos seus escritos que se conservaram devido ao clima seco. A maior parte dos nossos conhecimentos sobre a matemática egípcia deriva, então, de dois papiros: O Papiro de Rhind, que contém 85 problemas, e o chamado Papiro de Moscou, talvez dois séculos mais antigo, que contém 25 problemas.

 
Numeração Hieroglífica - Egito

Os Egípcios da Antiguidade criaram um sistema muito interessante para escrever números, baseado em agrupamentos, que consistia em separar os objetos a serem contados em grupos de dez, mas não tinham símbolo para o zero. Portanto, para representar cada múltiplo de dez, eles utilizavam um símbolo diferente dos básicos. Um número era formado, então, pela justaposição desses símbolos, os quais podiam estar escritos em qualquer ordem, já que a posição do símbolo não alterava o seu valor.
 

Referência Bibliográfica

 
Ifrah, G. Os números – a história de uma grande invenção. Globo, 2ª. ed, 1989.
Gundlach, B. H. Tópicos de história da matemática – para uso em sala de aula – Números e numerais e Computação. Atual editora, 1998.
Fernandes, A. M. V. [et al.]. Fundamentos de Ágebra. Editora UFMG, 2005.
Eves, H. Introdução à história da matemática, 3ª. Edição. Unicamp, 2002.
Boyer, C. B. História da matemática, 2ª. Edição. Edgard Blücher, 1998.
Miguel, A. & Miorim, M. A História na Educação matemática – Propostas e desafios. Editora Autêntica, 2005.
Devlin, K. O gene da matemática. Record, 2004.
Davis, P. J. & Hersh, R. A experiência matemática – Ciência Aberta-Gradiva, 1ª edição, 1995.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm36/
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=20486&chapterid=12629



MINHA MENSAGEM - PROFESSOR(A)!

 


Deixo neste post, a todos os colegas professores que passam por aqui, todo meu reconhecimento e meu carinho, por toda dedicação e comprometimento diário.

SER FELIZ É FAZER FELIZ

Ser feliz

É inspirar em cada pessoa

Que passa por nossa vida,

O encanto, a alegria e a certeza,

Do brotar de sonhos nos jardins do coração.

É este brotar de sonhos

Que perfuma nossa existência.

Que nos faz mais fortes diante do mundo.

Que nos faz transbordar de esperanças,

E fortalece o nosso compromisso com a vida,

O compromisso de

Fazer feliz!

Parabéns hoje, mas principalmente, pelo trabalho realizado, pelos obstáculos e dificuldades enfrentados pelo caminho todos os dias!
 
 

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