domingo, 1 de setembro de 2013

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Alguns conceitos primitivos

Conjunto

O conjunto de todos os brasileiros.
O conjunto de todos os números naturais.
O conjunto dos números reais tal que x2-4=0.
Em geral, um conjunto é denotado por uma letra maiúscula do alfabeto: A, B, C, ..., Z.

Elemento

José da Silva é um elemento do conjunto dos brasileiros.
1 é um elemento do conjunto dos números naturais.
-2 é um elemento do conjunto dos números reais que satisfaz à equação x2-4=0.
Em geral, um elemento de um conjunto, é denotado por uma letra minúscula do alfabeto: a, b, c, ..., z.

Pertinência

José da Silva pertence ao conjunto dos brasileiros.
1 pertence ao conjunto dos números naturais.
-2 pertence ao conjunto de números reais que satisfaz à equação x2-4=0.
Se um elemento pertence a um conjunto utilizamos o símbolo CONJUNTOS numéricos, que se lê: "pertence".
Para afirmar que 1 é um número natural, escrevemos:
1CONJUNTOS numéricosN
Para afirmar que 0 não é um número natural, escrevemos:
0CONJUNTOS numéricosN
Um símbolo matemático para a negação é a barra /.

Algumas notações para conjuntos

Muitas vezes, um conjunto é representado com os seus elementos dentro de duas chaves { e } através de duas formas básicas e de uma terceira forma geométrica:
Apresentação: Os elementos do conjunto estão dentro de duas chaves { e }.
A = { a, e, i, o, u }
N = { 1, 2, 3, 4, ... }
M = { João, Maria, José }
Descrição: O conjunto é descrito por uma ou mais propriedades.
A = { x : x é uma vogal}
N = { x : x é um número natural}
M = { x : x é uma pessoa da família de Maria}
Diagrama de Venn-Euler (lê-se: "Ven-óiler"): Os conjuntos são mostrados graficamente
CONJUNTOS numéricos

Subconjuntos

Dados os conjuntos A e B, diz-se que A está contido em B, denotado por ACONJUNTOS numéricosB, se todos os elementos de A também estão em B. Algumas vezes diremos que um conjunto A está propriamente contido em B, quando o conjunto B, além de conter os elementos de A, contém também outros elementos. O conjunto A é denominado subconjunto de B e o conjunto B é o superconjunto que contém A.

Alguns conjuntos especiais

Conjunto vazio: É um conjunto que não possui elementos. É representado por { } ou por Ø. O conjunto vazio está contido em todos os conjuntos.
Conjunto universo: É um conjunto que contém todos os elementos do contexto no qual estamos trabalhando e também contém todos os conjuntos desse contexto. O conjunto universo é representado por uma letra U. Na sequência não mais usaremos o conjunto universo.

Reunião de conjuntos

A reunião dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B.
ACONJUNTOS numéricosB = { x: aCONJUNTOS numéricosA ou xCONJUNTOS numéricosB }

Interseção de conjuntos

A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B.
ACONJUNTOS numéricosB = { x: aCONJUNTOS numéricosA e xCONJUNTOS numéricosB }
Quando a interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto vazio, dizemos que estes conjuntos são disjuntos.
CONJUNTOS numéricos

Propriedades dos conjuntos

Fechamento: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, a reunião de A e B, denotada por ACONJUNTOS numéricosB e a interseção de A e B, denotada por ACONJUNTOS numéricosB, ainda são conjuntos no universo.
Reflexiva: Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que:
ACONJUNTOS numéricosA = A e ACONJUNTOS numéricos A = A
1. Inclusão: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:
ACONJUNTOS numéricosACONJUNTOS numéricosB, BCONJUNTOS numéricosACONJUNTOS numéricosB, ACONJUNTOS numéricosBCONJUNTOS numéricosA, ACONJUNTOS numéricosBCONJUNTOS numéricosB
2. Inclusão relacionada: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:
ACONJUNTOS numéricosB equivale a ACONJUNTOS numéricosB = B
ACONJUNTOS numéricosB equivale a ACONJUNTOS numéricosB = A
3. Associativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B e C, tem-se que:
ACONJUNTOS numéricos(BCONJUNTOS numéricosC) = (ACONJUNTOS numéricosB)CONJUNTOS numéricosC
ACONJUNTOS numéricos(BCONJUNTOS numéricosC) = (ACONJUNTOS numéricosB)CONJUNTOS numéricosC
4. Comutativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:
ACONJUNTOS numéricosB = BCONJUNTOS numéricosA
ACONJUNTOS numéricosB = BCONJUNTOS numéricosA
5. Elemento neutro para a reunião: O conjunto vazio Ø é o elemento neutro para a reunião de conjuntos, tal que para todo conjunto A, se tem:
CONJUNTOS numéricosØ = A
6. Elemento "nulo" para a interseção: A interseção do conjunto vazio Ø com qualquer outro conjunto A, fornece o próprio conjunto vazio.
CONJUNTOS numéricosØ = Ø
7. Elemento neutro para a interseção: O conjunto universo U é o elemento neutro para a interseção de conjuntos, tal que para todo conjunto A, se tem:
CONJUNTOS numéricosU = A
8. Distributiva: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B e C, tem-se que:
CONJUNTOS numéricos( BCONJUNTOS numéricos C ) = ( A CONJUNTOS numéricosB )CONJUNTOS numéricos ( ACONJUNTOS numéricos C )
ACONJUNTOS numéricos ( B CONJUNTOS numéricosC ) = ( A CONJUNTOS numéricosB )CONJUNTOS numéricos (A CONJUNTOS numéricosC )
Os gráficos abaixo mostram a distributividade.
CONJUNTOS numéricos

Diferença de conjuntos

A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B.
A-B = { x: aCONJUNTOS numéricos e xCONJUNTOS numéricos B
Do ponto de vista gráfico, a diferença pode ser vista como:
CONJUNTOS numéricos

Complemento de um conjunto

O complemento do conjunto B contido no conjunto A, denotado por C BA, é a diferença entre os conjuntos A e B, ou seja, é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B.
C BA = A-B = { x: xCONJUNTOS numéricos A e x CONJUNTOS numéricosB }
Graficamente, o complemento do conjunto B no conjunto A, é dado por:
CONJUNTOS numéricos
Quando não existe dúvida sobre o universo U em que trabalhamos, simplesmente utilizamos a letra c posta como um expoente no conjunto, para indicar o complemento deste conjunto. Exemplos especiais são: Øc=U e Uc=Ø.

Leis de Augustus De Morgan

O complementar da reunião de dois conjuntos é a interseção dos complementares desses conjuntos.
(ACONJUNTOS numéricosB)c = Ac CONJUNTOS numéricosBc
O complementar da reunião de uma coleção finita de conjuntos é a interseção dos complementares desses conjuntos.
(A1CONJUNTOS numéricos A2CONJUNTOS numéricos ... CONJUNTOS numéricosAn)c = A1CONJUNTOS numéricosc A2cCONJUNTOS numéricos ... CONJUNTOS numéricosAnc
O complementar da interseção de dois conjuntos é a reunião dos complementares desses conjuntos.
(ACONJUNTOS numéricosB)c = Ac CONJUNTOS numéricosBc

Diferença simétrica

A diferença simétrica entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem à reunião dos conjuntos A e B e não pertencem à interseção dos conjuntos A e B.
ACONJUNTOS numéricosB = { x: xCONJUNTOS numéricosACONJUNTOS numéricosB e xCONJUNTOS numéricosACONJUNTOS numéricosB }
A situação gráfica para a diferença simétrica é:
CONJUNTOS numéricos
Exercício: Dados os conjuntos A, B e C, mostrar que:
1. A=Ø se, e somente se, B=ACONJUNTOS numéricosB.
2. O conjunto vazio é o elemento neutro para a operação de diferença simétrica. Usar o ítem anterior.
3. A diferença simétrica é comutativa.
4. A diferença simétrica é associativa.
5. ACONJUNTOS numéricosA=Ø (conjunto vazio).
6. A interseção entre A e BCONJUNTOS numéricosC é distributiva, isto é:
ACONJUNTOS numéricos(BCONJUNTOS numéricosC) = (ACONJUNTOS numéricosB)CONJUNTOS numéricos(ACONJUNTOS numéricosC)
7. ACONJUNTOS numéricosB está contida na reunião de ACONJUNTOS numéricosC e de BCONJUNTOS numéricosC, mas esta inclusão é própria, isto é:
ACONJUNTOS numéricosBCONJUNTOS numéricos (ACONJUNTOS numéricosC)CONJUNTOS numéricos(BCONJUNTOS numéricosC)
conjuntos numéricos
I) Números Naturais
N = { 0 , 1 , 2 , 3 , ... }
II) Números Inteiros
Z = { ... , -2 , -1 , 0 , 1 , 2, ... }

POLINÔMIOS

Um pouco de história

A grande maioria das pessoas que estão em processo de aprendizagem em matemática sempre buscam aplicações imediatas para os conteúdos. Não que esse deva ser um caminho único a ser seguido, pelo contrário, a compreensão de seu valor abstrato, perpassante do território da realidade, é indubitavelmente importante. Faço aqui um comparativo entre duas matemáticas, que por mais que sejam admiráveis, tem seus campos estudados por pesquisadores diferentes. É sabido que os matemáticos reconhecem a existência dessas duas matemáticas, porém dificilmente dominam as duas simultânea e profundamente.
Falo da matemática utilitária e da matemática abstrata. Enquanto a primeira se relaciona com as questões diárias, os problemas, as demandas, ou seja, questões atuais que requerem soluções imediatas, a outra se refere ao pensamento abstrato, o conhecimento pensado e criado no campo da imaginação, do mundo teórico. É bom frisar que a matemática utilitária não se relaciona apenas com questões práticas, mas também a teorias abstratas que reflitam ao pensamento moderno decorrente da realidade vigente.
O filósofo grego Platão diferenciava a matemática utilitária, importante para comerciantes e artesãos, da matemática abstrata, destinada a elite. Um representante dessa elite foi Alexandre da Macedônia, também conhecido por Alexandre o Grande, que teve como seu preceptor Aristóteles. Mas foi no século III a.C. que surgiu o matemático Arquimedes de Siracusa, esse talvez tenha sido o primeiro a desenvolver com competência as duas matemáticas da qual estamos nos referindo.
Para mais informações sobre a história de monômios e polinômios, leia o artigo Monômios.



Ocorrência de polinômios

Perímetros de figuras planas


Cálculo de distâncias


Cálculo de áreas


  • Todo monômio é considerado polinômio;
  • Os monômios integrantes de um polinômio são chamados termos do polinômio;
  • 5x2 → é um polinômio de um único termo (monômio);
  • 2x – y → é um polinômio de dois termos: 2x e – y.

Redução de Polinômios

Em muitos casos nos deparamos com representações polinomiais extensivas que podem ser reduzidas por meio das ideias relativas à adição e/ou subtração de monômios[1]. Para que a redução seja possível é necessária à existência de monômios semelhantes na expressão.

Observações:
De acordo com a quantidade de termos resultantes das reduções polinomiais ou até mesmo da representação inicial dos polinômios, podemos classifica-los das seguintes formas:
  • monômio, quando há apenas um termo;
  • binômio, quando há dois termos;
  • trinômio, quando há três termos;
  • acima de três termos, não há nome particular, sendo chamado apenas polinômio.

Grau de um polinômio

O grau de um polinômio reduzido, não nulo, é dado em função de seu termo de maior grau.

Da mesma forma que nos monômios, dado um polinômio reduzido, podemos estabelecer o seu grau em relação a uma de suas variáveis.
  • 8m3n + m4n → esse polinômio é do 4º grau em relação a variável m e do 1º grau em relação à n.
  • x8y5 + x10y2 → esse é um polinômio do 10º grau em relação a variável x e do 5º grau em relação à y.

Polinômio com uma só variável

A compreensão desse tópico é muito importante para estudos futuros a exemplo das funções. Nos casos abaixo dizemos que são polinômios na incógnita x.
2x – 7                           x2 + x + 3
Esse tipo de polinômio costuma-se ser escrito de forma decrescente, ou seja, do termo de maior grau ao termo de menor grau. Quando falta uma ou mais potências na variável “x” dizemos ser um polinômio incompleto.
7x3 + 2x + 3                          x+ 3
  • 7x3 + 2x + 3 é incompleto, pois poderia ser escrito na forma 7x3 + 0x2 + 2x + 3;
  • x+ 3 é incompleto, pois poderia ser escrito na forma x+ 0x + 3.

Adição de polinômios

A adição de polinômios segue os critérios da redução, obedecendo às propriedades dos monômios no que se refere a termos semelhantes. Devemos sempre agrupar os termos semelhantes e realizar suas adições. Acompanhem:

Multiplicação de um monômio por um polinômio

Para desenvolver o produto de um monômio por um polinômio é primordial o conhecimento sobre a propriedade distributiva da multiplicação, pois esta multiplicação é feita multiplicando-se o monômio por cada termo do polinômio. Vejam nos exemplos:

Multiplicação de um polinômio por outro polinômio

Da mesma forma que o caso anterior, a multiplicação de um polinômio por outro polinômio é feita utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, isto é, deveremos multiplicar cada termo do primeiro polinômio por cada termo do segundo.

Divisão de um polinômio por um monômio
O quociente de um polinômio por um monômio é dado através da divisão de cada termo do polinômio pelo monômio, desde que este não seja nulo. Para isso deveremos conhecer bem as propriedades da potenciação.
(10x4y6 + x3y4 + x2y2) : (x2y)
10x4y: x2y = 10x2y5x3y4 : x2y = xy3 e x2y: x2y = y
Ou seja,
(10x4y6 + x3y4 + x2y2) : (x2y) = 10x2y5 + xy3 + y.

Divisão de um polinômio por outro polinômio

A divisão de polinômios em uma mesma variável “x” é muito semelhante ao algoritmo de divisão abordado nas séries iniciais.

“Devemos promover uma educação que valorize o respeito às diferenças e, principalmente, a paz mundial”. 
Robison Sá.
Referências bibliográficas
SOUZA, JOAMIR ROBERTO DE; PATARO, PATRICIA MORENO. Vontade de saber matemática: 8° ano. São Paulo: FTD, 2009. 288p. (Coleção vontade de saber).
D’AMBROSIO, UBIRATAN. Educação Matemática: da teoria à prática. – 23ª ed. – Campinas, SP: Papirus, 2012. – (Coleção Perspectivas em Educação Matemática).

FATORAÇÃO

Fatorar uma expressão algébrica é modificar sua forma de soma algébrica para produto; fatorar 
uma expressão é obter outra expressão que 
a) seja equivalente à expressão dada; 
b) esteja na forma de produto. Na maioria dos casos, o resultado de uma fatoração é um produto
 notável. 
Há diversas técnicas de fatoração que estudaremos em seguida, supondo a, b, x e y expressões
 não fatoráveis.
A. Fator Comum
Devemos reconhecer o fator comum, seja ele numérico, literal ou misto; em seguida 
colocamos em evidência esse fator comum, simplificamos a expressão deixando em parênteses
 a soma algébrica. 

Observe os exemplos abaixo.
Fatoração
B. Agrupamento
Devemos dispor os termos do polinômio de modo que formem dois ou mais grupos entre os
 quais haja um fator comum, em seguida, colocar o fator comum em evidência.

Observe:
Fatoração
C. Diferença de Quadrados
Utilizamos a fatoração pelo método de diferença de quadrados sempre que dispusermos 
da diferença entre dois monômios cujas literais tenham expoentes pares. A fatoração 
algébrica de tais expressões é obtida com os seguintes passos: 
1º) Extraímos as raízes quadradas dos fatores numéricos de cada monômio; 
2º) Dividimos por dois os expoentes das literais;
3º) Escrevemos a expressão como produto da soma pela diferença dos novos monômios
 assim obtidos. 
Por exemplo, a expressão a2  b2 seria fatorada da seguinte forma
Fatoração
D. Trinômio Quadrado Perfeito
Uma expressão algébrica pode ser identificada como trinômio quadrado perfeito sempre
 que resultar do quadrado da soma ou diferença entre dois monômios.

Por exemplo, o trinômio x4 + 4 x2 + 4 é quadrado perfeito, uma vez que corresponde a
 (x2 + 2)2 .

São, portanto, trinômios quadrados perfeitos todas as expressões da forma a2 ± 2ab + b2,
 fatoráveis nas formas seguintes:
E. Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c
Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio, , dizemos que:

Lembre-se de que as raízes de uma equação de segundo grau podem ser calculadas através
 da fórmula de Bhaskara:

F. Soma de diferença de cubos
Se efetuarmos o produto do binômio a + b pelo trinômio a2 – ab + b2, obtemos o seguinte 
desenvolvimento:
O que acabamos de desenvolver foram produtos notáveis que nos permitem concluir que,
 para fatorarmos uma soma ou diferença de cubos, basta-nos inverter o processo 
anteriormente demonstrado.
Assim, dizemos que:

O DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA DIA 6 DE MAIO SE APROXIMA ...

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Algumas Ideias e sugestões e muito mais... Sobre o Dia Nacional da Matemática             A iniciativa de instituir o Dia da Mate...